Teresa Teng - Toki No Nagare Ni Mi Wo Makase - 時の流れに身をま

domingo, 3 de outubro de 2010

Miyako Harumi (Pefril2)


Aos 28 anos, ela tinha acabado de vencer o Nihon Kayou Taishou (em 16 de novembro de 1976) e estava prestes a vencer o grnade prêmio Record Taishou no dia 31 de dezembro, quando descobriu a verdade sobre a origem de seu pai. Na hora, muitas revistas semanais de entretenimento passaram a veicular propagandas preconceituosas contra a cantora, chegando a afirmar que um prêmio da altura do Kayou Taishou ou o Record Taishou não poderia ser dado a uma mestiça. Harumi desejou muito desistir da carreira de cantora à essa época. Entretanto, apesar de toda essa confusão, a cantora venceu o Record Taishou calando a boca daqueles que a ofenderam. Harumi, uma cantora de grande sensibilidade sentiu a agonia que apenas os que já sofreram algum tipo de discriminação conhecem.

A mãe de Harumi, Matsuyo é a grande responsável por sua carreira. Apesar de trabalhar arduamente, ela conseguiu juntar dinheiro para custear os estudos da filha, sendo realmente a grande madrinha da carreira da cantora. Aos 6 anos ela já estudava danças japonesas, aos 9 iniciou o balé, aos 11 se juntou a uma companhia teatral e estudou em várias escolas particulares de música. Matsuyo realmente trabalhava para ajudar Harumi a conseguir sucesso em sua carreira. Matsuyo era também uma ótim cantora, com uma bela voz. Ela fez com que Harumi aprendesse a cantar em vários tons, ao exemplo de Hideko Itami, uma cantora famosa (naniwabushi) nos anos 50 que conseguia passar por vários tons de voz, o que à época era conhecido como 'sete cores de voz'. Assim, Harumi conquistou a habilidade de cantar em vários tons e aprimorar seu estilo unari-bushi. O unari nada mais é do que cantar uma determinada frase da música com uma voz mais arranhada (isso é muito fácil de reconhecer na última frase da música Anko Tsubaki wa Koi no Hana).

A cantora é uma das mais admiradas do Japão fez seu debut em 1964 e muitas de suas músicas tornaram-se hits e clássicos. Ela não gosta de ser rotulada como cantora de enka pois transita por outros tipos de música.

De repente, em 1984 a cantora anunciou sua aposentadoria com uma frase Futsuu no obasan ni naritai (Quero ser uma senhora comum). Disse ter trabalhado arduamente durante mais de 20 anos mas que não gostava de cantar. Na verdade, ela confessou que cantar era apenas uma ocupação, um trabalho. Ela disse ainda que sentia um certo complexo de inferioridade comm relação às músicas que cantava, dizendo possuir uma certa inveja de cantoras de sua idade que cantavam músicas mais atraentes, mais ocidentais. Um pouco desse árduo trabalho se devia em parte a sua mãe. A mãe da cantora se esforçara tanto para a educação e o desenvolvimento de suas habilidades artísticas que era como uma 'camisa de força' que a prendia e amarrava, tendo sempre as expectativas de sua mãe como algo que norteava sua vida. Assim, ela conseguiria se libertar dessa armadilha.

Ichikawa Shousuke foi o compositor que a cantora mais respeitou (compôs mais da metade das músicas gravadas pela cantora). Ele foi o responsável por várias de suas músicas Anko Tsubaki wa Koi no Hana; Suki ni Natta Hito; Osaka Shigure que se tornaram grandes sucessos. Há outras músicas entretanto que a cantora não gostava como Bakaccho Defune; Ara Miteta none; Harumi no Sandogasa, músicas nas quais ela se sentia desconfortável cantando. Tudo levava a crer que a cantora ainda não tinha se dado conta da imensa legião de fãs que iria deixar órfãos. Sua despedida se deu no 35º NHK Kouhaku Utagassen onde cantou duas músicas numa apresentação especialíssima e emocionante. Cantou Meoto Zaka e logo depois, em coro com todos os outros participantes, Suki ni Natta Hito.


Fonte: Enka J-Music

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